Get Free delivery from $100

Search trend: Polo T-shirt Cap
Wishlist
Wishlist
Wishlist

Your wishlist

Please install Brandy Blocks to show wishlist items

Your cart (14)

Please install WooCommerce
Search trend: Polo T-shirt Cap

Your cart (14)

Please install WooCommerce
Wishlist
Wishlist
Wishlist

Your wishlist

Please install Brandy Blocks to show wishlist items
Wishlist
Wishlist
Wishlist

Your wishlist

Please install Brandy Blocks to show wishlist items

Dificuldade em acessar serviço digital torna idoso vulnerável a golpes

cmncd Avatar

Meses antes de fazer uma operação conjunta com a Polícia Federal (PF) para aprofundar as investigações do esquema de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a Controladoria-Geral da União (CGU) fez uma auditoria para entender as causas do “súbito aumento” desses descontos associativos.

Além de visitar parte das associações, confederações ou entidades autorizadas pelo INSS a deduzir os valores das mensalidades associativas diretamente das aposentadorias e pensões de filiados que, segundo as organizações, tinham consentido com a cobrança, os auditores da CGU entrevistaram a 1.273 pessoas de todo o país para checar se tinham, de fato, autorizado os descontos.

Para surpresa dos auditores, 1.242, ou 97,6% dos beneficiários do INSS entrevistados, disseram que não autorizaram o desconto, ao contrário do que alegam as entidades investigadas. E 1.221 (95,9%) responderam que não estavam filiados a nenhuma associação. 

Os entrevistadores apresentaram a alguns dos beneficiários parte da documentação entregue pelas organizações para justificar as cobranças, incluindo supostas fichas de filiação e autorização para o desconto. 

“Houve casos em que os entrevistados não reconheceram a filiação, tampouco as assinaturas”, disse a CGU. 

As respostas levaram a CGU a concluir haver uma “grande probabilidade de os descontos estarem ocorrendo de maneira indevida”.

As entrevistas foram feitas entre abril e julho de 2024. Junto às informações e elementos probatórios que os auditores recolheram ao visitar parte das entidades associativas, subsidiaram a elaboração de um relatório de avaliação

O documento foi concluído em setembro, mas só foi tornado público na quarta-feira (23), após cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU saírem às ruas em 13 estados e no Distrito Federal para cumprir 211 mandados judiciais de busca e apreensão e seis de prisão temporária. 

A operação resultou na suspensão de todos os acordos que permitiam às organizações cobrarem as mensalidades e na exoneração do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e no afastamento de outros quatro dirigentes do instituto de suas funções.

Ao tratar o que classificou como “a vulnerabilidade dos beneficiários do INSS”, a CGU destaca que, dos 1.273 entrevistados, 922 (72,4% do total) desconheciam a existência do desconto associativo em seu benefício. Fato que, para os entrevistadores, está associado à pouca familiaridade dos idosos com a tecnologia digital e com aplicativos como o Meu INSS, principal ferramenta para verificação dos extratos e para o requerimento do cancelamento dos descontos.

“Ao serem questionados sobre o aplicativo, 540 entrevistados (42,4%) informaram desconhecê-lo, enquanto 320 (25,1%) conheciam, mas nunca o tinham utilizado, e 413 (32,4%) já tinham o utilizado”, ressalta o relatório.

No documento é lembrado que, com a popularização do aplicativo Meu INSS, o instituto deixou de enviar o extrato em papel para seus beneficiários, que precisam ir a uma agência da Previdência Social caso não utilizem o aplicativo.

“A utilização de ferramentas digitais por uma minoria dos beneficiários do INSS limita a capacidade de o cidadão identificar possíveis descontos realizados sem sua autorização, situação agravada em função das fragilidades de controle relacionadas à inclusão desses descontos na folha de pagamento do INSS”, alerta o relatório.

Dos 351 beneficiários que já sabiam do desconto ao serem entrevistados, 123 (35%) não tinham pedido ao INSS o fim da cobrança.

“Aqueles que não solicitaram o cancelamento podem, eventualmente, ter enfrentado dificuldades para realizar tal pedido, como dificuldades no acesso ao Meu INSS devido à necessidade do nível ouro na conta Gov.br, número do benefício, ou nome da entidade para realização do requerimento”, aponta o relatório.

O documento ressalta que “os resultados sinalizam que os beneficiários encontram mais dificuldades para bloquear os descontos do que as entidades para implementá-los, indicando fragilidade na proteção dos direitos dos beneficiários” do INSS.

“Verifica-se que a transformação digital ocorrida no INSS sem o devido aperfeiçoamento dos controles internos elevou os riscos relacionados à realização de descontos associativos indevidos”, aponta o documento. 

“Ademais, importa ressaltar que a própria fragilidade inerente ao perfil dos beneficiários, na sua grande maioria formada por idosos, com maior dificuldade de acesso a canais digitais, associadas à deficiência dos instrumentos de controle do INSS, tornam esses beneficiários suscetíveis à atuação de terceiros agindo com o objetivo de obter, sem o devido esclarecimento, a documentação relativa à filiação e à autorização para o desconto associativo”.

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2025-04/dificuldade-em-acessar-servico-digital-torna-idoso-vulneravel-golpes


cmncd Avatar

About

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Fast Delivery

Order tracking

Refunds

Support